sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A era do "eu"

Por Guilherme

Há alguns dias, citei aqui no blog um pequeno texto do Professor Daniel Blumstein sobre a falta de civilidade das pessoas, exemplificada por uma mulher que atacou outros clientes de uma loja americana do Walmart com um spray de pimenta, pois ela objetivava conseguir chegar antes aos itens em promoção.
        Além da falta de civilidade da mulher, a situação mostra o quanto supervalorizamos nossos direitos em relação aos nossos deveres de cidadania. Hoje, é raríssimo encontrar alguém que dê peso semelhante aos seus direitos e deveres, alguém que se preocupe mais em fazer as coisas certas do que em reclamar quando seus interesses são contrariados. Penso que nossa sociedade tem se desenvolvido assim, com a complacência dos governos. Deliramos com a ideia de que somos merecedores de todos os direitos do mundo, mas pouco discutimos nossos deveres em relação aos outros. É por isso que as pessoas estacionam em locais proibidos, jogam lixo no chão, roubam, corrompem e são corrompidos, agem com o famoso “jeitinho” brasileiro, e por aí vai. Tudo em nome de um Deus chamado EU.

A discussão prossegue em um texto que publiquei no blog de Daniel Blumstein, que pode ser lido aqui.

2 comentários:

  1. ...a coisa tomou o rumo de algo tipo "o MEU direito inicia onde começa o TEU dever".

    Já dizia Mussum: "Tamis ferrádis!"
    :-D

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  2. Oi J.Cataclism,

    Você tem razão. Exigimos tudo dos outros, mal fazemos nossas obrigações, e reclamamos demais por aquilo que consideramos nossos direitos.

    Ah, e muito boa a citação do lendário Mussum.

    Um abraço!
    Guilherme

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