segunda-feira, 28 de novembro de 2011

As Ideias de Darwin (2): A Sobrevivência dos Mais Doentes

Por Guilherme

Se a evolução através do processo de seleção natural nos trouxe até aqui, como é possível que ainda sejamos animais sujeitos a inúmeras doenças, e não máquinas biológicas perfeitas? A resposta, de acordo com Sharon Moalem e Jonathan Prince, é que muitas das moléstias que nos afetam atualmente ajudaram a moldar nosso organismo durante nossa caminhada evolutiva.
        Em A Sobrevivência Dos Mais Doentes: um estudo radical das doenças como fator de sobrevivência (Campus, 2007), Moalem e Prince vão além do famoso exemplo da relação entre a distribuição geográfica da malária e a ocorrência de anemia falciforme nas populações humanas desses locais, que parece ser o único caso desse tipo conhecido por autores de livros de biologia do Ensino Médio brasileiro. Apesar de a clássica relação entre malária e anemia falciforme também ser tratada na obra, outros temas médicos e biológicos são discutidos. O espirro, por exemplo, é uma espécie de mecanismo de defesa humano mas, acima de tudo, uma estratégia viral de propagação. Desse modo, as duas estratégias evoluíram em conjunto. Nós, espirrando, e os vírus se aproveitando disso para atingir outro organismo. O sistema de reprodução e dispersão do terrível verme-da-Guiné, a distribuição de pelos no corpo humano, a variação na tolerância ao álcool entre diferentes grupos humanos, o aparecimento do câncer e a morte, entre outros, são assuntos presentes o livro.
        A Sobrevivência Dos Mais Doentes é uma obra de leitura fácil e de conteúdo esclarecedor. Tratando das doenças sob um enfoque evolucionista, Moalem e Prince nos mostram como as ideias de Darwin se estenderam muito além daquilo que o próprio cientista inglês imaginava quando publicou A Origem Das Espécies. É impossível entender qualquer tema biológico sem discutir a evolução dos organismos vivos. Moalem e Prince escrevem: “a evolução não acabou – está ao nosso redor, ocorre o tempo todo.” Por isso, entender os mecanismos básicos da biologia evolucionista não significa apenas saber como chegamos até aqui, mas nos permite elaborar algumas previsões sobre o que pode acontecer conosco em breve.

As Ideias de Darwin é uma seção do Página Virada que discute livros inspirados nas ideias evolucionistas do naturalista inglês.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Ótimas leituras para o final de semana

Por Guilherme

- Gilmar Marcílio escreveu Lições Para Viver Mal, um texto no qual descreve um homem rico que parece não aproveitar da boa condição financeira para viver mais agradavelmente. O texto traduz perfeitamente como são e como pensam alguns dos cidadãos da serra gaúcha. Não me lembro de outro texto com uma caracterização tão precisa de nosso povo. Apesar de Marcílio se referir a um cidadão em especial, tomo a coragem de dizer que são milhares deles espalhados por aí. O texto pode ser lido aqui.

- Marcos Kirst publicou no jornal Pioneiro de hoje, dia 25/11, um texto muito interessante sobre mudança individual, responsabilidade, e a lei que proíbe a ingestão de bebidas alcoolicas antes de alguém conduzir um veículo. Rumo à Civilização é o título do artigo de Kirst, e é por esse caminho que precisamos andar, com urgência. O texto pode ser lido aqui.

- Falando em civilização (ou da falta dela), Daniel Blumstein discute uma notícia bizarra: uma mulher utilizou spray de pimenta contra outros consumidores em uma loja americana porque queria chegar mais rápido aos produtos, espantar os “concorrentes”, e conseguir aproveitar as promoções da chamada Black Friday. Resultado da brincadeira: 20 pessoas com dor de garganta e irritação na pele e nos olhos. Perdemos nosso compasso moral, diz Blumstein, e ele está cheio de razão. O texto (em inglês) pode ser lido aqui.

- Luciano Mallmann, em seu blog Contemplações; Improvisos, traz várias passagens de Literatura em Perigo, obra de Tzvetan Todorov sobre os livros. As citações são muito interessantes, e nos mostram que os livros têm um grande poder de mudar as pessoas. O texto pode ser lido aqui.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Café Literário com o Maneco

Por Guilherme

Arcângelo Zorzi Neto, o Maneco, é uma das figuras de maior destaque na cultura da serra gaúcha. Além de ser o fundador de uma das maiores livrarias e editoras do Rio Grande do Sul, Maneco também atua em outras áreas, como o teatro e os programas de rádio.
Maneco estará no próximo Café Literário de Antônio Prado, ocasião na qual falará sobre sua bem-sucedida trajetória como livreiro. O evento ocorre na próxima terça-feira, dia 29 de novembro, às 20h, no Centro Cultural Padre Schio. A entrada é gratuita.


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sobre homens, políticos, e outros animais

Por Guilherme

Estudar o comportamento animal é uma das coisas mais interessantes que existem (apesar de minha irmã insistir em dizer que os temas realmente interessantes são os relacionados à fonologia). Lendo sobre como os animais se comportam, é possível entender alguns padrões, fazer algumas previsões e, a partir de tudo isso, criar um panorama geral de como determinada espécie se comporta. Vi isso quando passei um ano acompanhando bugios na serra gaúcha. Havia lido muito sobre eles antes, e sabia que esses animais passam a maior parte de seu tempo dormindo, que são animais que se deslocam lentamente em comparação a outros primatas arborícolas, e que podem viver bem em pequenos fragmentos de mata. E foi exatamente o que pude observar no grupo que estudei.
        Um dos argumentos a favor da suposta “singularidade” humana é que temos uma gama de comportamentos muito mais ampla que os demais animais. Há um certo fundamento nisso, e essa é a razão de sermos animais tão pouco confiáveis. Quando um cão abana o rabo em posição horizontal para alguém, quer dizer “não há problema, sou seu amigo”. A mesma mensagem é transmitida quando um ser humano sorri para outro, embora em muitas ocasiões não seja exatamente isso que a pessoa esteja pensando.
        Por outro lado, seres humanos são também muito previsíveis. Quem acompanha as eleições americanas, por exemplo, sabe que ser republicano geralmente significa ser cristão, contrário ao aborto e simpático à pena de morte, e também defensor de uma menor intervenção do estado na economia e na vida dos cidadãos. Ser democrata significa quase que o oposto. Na política brasileira, as coisas não são diferentes: partidos de “centro-direita” defendem interesses semelhantes aos republicanos americanos, e partidos de “centro-esquerda” se assemelham aos democratas.
        Infelizmente, falar em “centro-direita” e “centro-esquerda” no Brasil atual não tem sentido algum. Ao que parece, os interesses que prevalecem na política brasileira são os particulares. Um partido que criticava severamente posturas corruptas há alguns anos é o que mais as pratica hoje, e os que criticam a corrupção hoje serão os que se beneficiarão de prática ilícitas no futuro. Podemos saber disso porque as pessoas são previsíveis, muito previsíveis.

        Pode parecer que o assunto tratado nesse post não tem muita relação com que costumamos tratar aqui, mas lembrei disso ao reler Thoreau. Em seu ensaio A Desobediência Civil, Thoreau afirma que existem 999 pessoas que defendem as virtudes para cada uma que as pratica. Penso que nada mudou desde a época do pensador americano até nossos dias.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Como a educação mudou minha vida

Por Guilherme

“Como a educação mudou minha vida” é o nome de uma seção do site Educar Para Crescer, mantido pela Editora Abril, cujo foco é divulgar o relato de pensadores, artistas, políticos, e outras personalidades, a respeito de como a sua formação pessoal foi influenciada pela escola, pela leitura e pela busca do conhecimento. Figuras como o enxadrista Garry Kasparov, o filósofo Alain de Botton, o ex-presidente FHC, o músico Toquinho, o escritor Mia Couto, o apresentador e escritor Jô Soares, o filósofo Mario Sergio Cortella, entre outros, dão seus depoimentos sobre o que pensam da educação.

      O link para essa seção está aqui. Aproveite e visite o restante do site, pois boas iniciativas como essa devem ser prestigiadas e divulgadas.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O Que a Vida Me Ensinou – Viver Em Paz Para Morrer Em Paz

Por Guilherme

“Se você não existisse, que falta faria?” é a pergunta que ilustra a capa de O Que a Vida Me Ensinou – Viver Em Paz Para Morrer Em Paz (Editoras Saraiva e Versar, 2011), do filósofo brasileiro Mario Sergio Cortella. Assim como as obras anteriores de Cortella, O Que a Vida Me Ensinou é uma coletânea de pequenos artigos que tratam de nossas questões fundamentais, ou seja, de amor, ética, felicidade, da busca de sentido nas coisas que fazemos, de nossos relacionamentos e da maneira como conduzimos nossas vidas.
        Cortella escreve de um jeito simples, direto, direcionado para o público leigo em filosofia, sem por isso perder o rigor em sua argumentação ou a objetividade de suas ideias. Seus textos fluem naturalmente a partir de constatações cotidianas ou até da discussão sobre a etimologia de uma palavra. As poucas páginas de cada artigo do filósofo são suficientes para nos fazer parar e pensar por alguns momentos sobre os temas que ele escreve, e como eles se aplicam a nós mesmos. E o artigo que contém a frase da capa do livro é um dos mais inspiradores entre os quase 20 textos da obra.
        “Se você não existisse, que falta faria?” – se você nunca pensou a respeito da resposta que daria a essa pergunta, talvez seja hora de começar a refletir um pouco mais sobre sua vida e sobre as coisas que você tem feito (ou deixado de fazer).

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O efeito das boas músicas e dos bons livros

Por Guilherme

Muitas pessoas (me incluo nesse grupo) gostam de ler por encontrarem nos livros algumas respostas às questões que os inquietam na vida. Mesmo se as respostas não estiverem nos bons livros, certamente alguma ideia brilhante surgirá deles, e isso às vezes nos basta.
      Com a música ocorre o mesmo. Muitas canções têm versos tão bem escritos que serviriam muito bem para descrever alguns de nossos momentos, bons ou ruins. Um gênio na arte de escrever passagens assim é o inglês Jeff Lynne, da Electric Light Orchestra (da qual já tratamos aqui). E é por isso que vale a pena prestar atenção em Shangri La, um clássico da ELO.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Palavras de Thoreau

Por Guilherme

Estou relendo o clássico Walden (Aquariana, 2001) do filósofo americano Henry David Thoreau, obra na qual o escritor transcreve sua experiência de dois anos morando em uma cabana a cerca de 3 km da civilização.
Walden é um livro extraordinário, escrito por um sujeito diferenciado, que não se conformava com a mediocridade da vida cotidiana de sua época.
Abaixo, um pouco da essência de Thoreau:

Devemos aprender a despertar novamente e a manter-nos despertos, não com ajuda mecânica, mas pela infinita expectativa do amanhecer, que não nos abandona em nosso sono mais profundo. Desconheço fato mais encorajador que a inquestionável habilidade do homem para elevar a vida através do esforço consciente. É importante ser capaz de pintar determinado quadro, ou esculpir uma estátua, e desse modo produzir objetos belos; é, porém, muito mais glorioso esculpir e pintar a própria atmosfera e o ambiente através do qual vemos e que podemos construir no plano moral. Modificar a natureza do dia, eis a arte superior às demais. Compete a todo homem a tarefa de fazer a própria vida, inclusive nos pormenores, digna da contemplação de sua hora mais elevada e crítica.

Fui para os bosques porque pretendia viver deliberadamente, defrontar-me apenas com os fatos essenciais da vida, e ver se podia aprender o que tinha a me ensinar, em vez de descobrir à hora da morte que não tinha vivido.

Em cada mil pessoas podando os galhos do mal há uma tentando arrancá-lo pela raiz, e é bom possível que aquele, que dedica a maior parte de seu tempo e dinheiro socorrendo os necessitados, esteja contribuindo com seu modo de vida para gerar a mesma miséria que se esforça em vão por aliviar.

Nem todos os livros são tão insípidos como seus leitores. É provável que haja palavras endereçadas exatamente a nossa condição, as quais, se pudéssemos ouvi-las e entendê-las de fato, seriam mais salutares a nossas vidas que a própria manhã ou a primavera, e nos revelariam, talvez, uma face inédita das coisas. Quantos homens não inauguraram nova etapa na vida a partir da leitura de um livro! Deve existir para nós o livro capaz de explicar nossos mistérios e nos revelar outros insuspeitados. As coisas que ora nos parecem inexprimíveis, podemos encontrá-las expressas em algum lugar. As mesmas questões que nos inquietam, intrigam e confundem, foram colocadas por sua vez a todos os homens sábios; nenhuma foi omitida, e cada um deles respondeu respondeu-as de acordo com a sua capacidade, por meio das palavras ou da própria vida. De mais a mais, junto com a sabedoria aprenderemos a liberdade.

sábado, 5 de novembro de 2011

Sobre aulas cronometradas, varinhas mágicas e trevos-de-quatro-folhas

Por Guilherme

Há poucos dias recebi um e-mail de uma colega professora sobre uma reportagem da Revista Veja publicada em junho de 2010, intitulada “Aula cronometrada”. Eu já havia lido a tal reportagem, mas sem muita atenção, porque achei a proposta tão engraçada (se aplicada da maneira descrita) que a jornalista não poderia estar falando sério quando sugeriu que o mesmo poderia ser feito no Brasil. Infelizmente, ela estava.
        Depois de receber o e-mail com a cópia da reportagem, li o texto novamente, e fui verificar no site da revista para garantir que ele não havia sido modificado de propósito.

Antes de prosseguir, se você não leu o texto, (não) perca seu tempo e o leia aqui.

        O subtítulo da reportagem já poderia nos fazer parar a leitura imediatamente. Um “método aplicado em países de bom ensino” não funciona por mérito próprio, por milagre, por melhor e mais bem elaborado que ele tenha sido. Qualquer coisa funciona quando seu contexto também funciona. Repetimos incessantemente que nossos políticos são um bando de corruptos, mas a sociedade em volta é igual a eles, porque os seres humanos, em geral, não costumam respeitar os interesses alheios, e vivem uma luta incessante para “vencer na vida”, “começar a ganhar dinheiro”, “ter patrimônio” e coisas afins. E fazem isso sem se preocupar muito com a vida de outras pessoas. A diferença é que alguns agem assim em Brasília ou nas sedes de outras instâncias governamentais, e outros nas ruas de todas as cidades do Brasil. Empatia, escreveu o primatólogo Frans de Waal, deveria ser um componente básico na vida de todos nós.
        Quando as pessoas de uma sociedade não se portam bem, nenhum aspecto dela pode funcionar direito. A questão é cultural, e isso poucos parecem ter entendido, e quem propõe como “solução” o uso de cronômetros na sala de aula não compreende que aquilo que vemos no interior de uma escola é o reflexo de uma sociedade culturalmente destroçada, cujos valores estão absolutamente invertidos, e em que o sucesso de alguém é avaliado pelo dinheiro, posse ou fama que essa pessoa conquista (muitas vezes por acaso). Não é surpresa que os professores se revelem “incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital.”
        A frase mais interessante da reportagem é a que está abaixo da figura: “cronômetros vão ajudar a entender as causas da evidente ineficácia na sala de aula.” Todo mundo sabe as causas da ineficácia do trabalho em sala de aula, e são muitas. No entanto, a raiz da questão está nos problemas de nossa sociedade.
        O cronômetro pode funcionar no Japão ou na Finlândia? Sim, mas suponho que nesses países esse tipo de artifício não é necessário para que a educação seja bem-sucedida. Para que implantássemos algo semelhante no Brasil deveríamos lutar, primeiro, para ter uma sociedade organizada e ética como a japonesa, por exemplo. A partir disso poderíamos comprar até cronômetros para serem instalados na sala de aula, mas provavelmente nem se discutiria mais isso.
         Assim, é possível esperar que um método eficiente em países de bom ensino seja transferido para o Brasil e tenha os mesmos resultados? Claro que não, e somente quem habita um mundo paralelo pode acreditar nisso. No entanto, se os governantes decidirem que o cronômetro é fundamental para boas aulas, eu humildemente sugiro mais dois objetos para compor a sala de aula: a varinha de condão, que possibilite num golpe mágico que os alunos venham todos os dias dispostos para a aula, para aprender e, principalmente, que transforme as famílias a ponto de elas passarem a entender que têm responsabilidade sobre a vida das crianças e adolescentes que colocaram no mundo. Além da varinha mágica, penso que também é importante que sejam distribuídos trevos-de-quatro-folhas para professores, porque é preciso ter muita sorte, mais do que tudo, para se manter mentalmente equilibrado no ambiente conflituoso que é a escola atualmente.

E você? Faça como os jornalistas da Veja e dê seu palpite: o que falta na sala de aula para a educação entrar nos trilhos em nosso país?

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A Teoria das Janelas Quebradas

Por Guilherme

O médico Drauzio Varella é uma das figuras mais conhecidas da medicina brasileira entre o grande público. Suas aparições em programas de TV, seus artigos publicados em vários jornais e na internet, e seus livros, o tornaram uma figura célebre e ajudaram a popularizar ideias importantes sobre ciência e saúde no Brasil.
        O trabalho mais conhecido do médico talvez seja Estação Carandiru, no qual ele relata sua experiência na lida cotidiana com os presos da Casa de Detenção de São Paulo, até então o maior presídio do país. A habilidade que Varella mostrou ao descrever os detalhes da vida carcerária se estende aos mais diversos assuntos, sejam científicos, como quando o autor trata de explicar (com propriedade) os mecanismos da ideia de seleção natural de Darwin, até temas do cotidiano, quando Varella relata as conversas que manteve com um taxista que confessa trair a esposa.
Uma boa amostra do talento de Drauzio Varella pode ser encontrada em A Teoria das Janelas Quebradas (Companhia das Letras, 2010), uma seleção de pequenas crônicas sobre ciência, vida cotidiana e saúde. A teoria do título da obra é também assunto de um dos textos do autor. Desenvolvida por dois cientistas sociais americanos no início da década de 1980, a chamada “teoria das janelas quebradas” é uma ideia que considera os sinais de desordem urbana como fator importante na recorrência de crimes. Locais sujos, pichados e com estruturas quebradas são indícios de abandono e descaso do poder público, de ausência de autoridade, o que pode induzir alguns indivíduos a cometer crimes nesses locais. Programas famosos de combate ao crime, como o de tolerância zero em Nova York, foram baseados nas ideias da teoria das janelas quebradas. Apesar de ter sido adotada como base para a reestruturação de planos de segurança de cidades em diversos países, a teoria ainda é contestada por alguns antropólogos, que afirmam que os bons resultados obtidos em lugares como Nova York estão mais relacionados ao combate às drogas, ao planejamento familiar e à repressão do que à manutenção da ordem de prédios e ruas.
        Além de discutir a teoria das janelas quebradas, Varella aborda outros temas instigantes, como a influência do pensamento na cura de doenças, os textos que escrevem em seu nome, e que fazem grande sucesso na internet, a teoria evolutiva de Darwin e suas implicações na vida humana, e os dramas diários de cidadãos comuns. Tudo isso descrito com a perspicácia que tornou o Dr. Drauzio famoso em nosso país.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Criando memórias na natureza

Por Guilherme

Postei ontem um novo texto no blog do Professor Daniel Blumstein. O post trata das memórias que a paisagem natural cria nas pessoas, e como é importante mantê-la para nosso próprio bem-estar.

O texto está disponível (em inglês) aqui.