quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O anestésico da familiaridade

Por Guilherme

O biólogo inglês Richard Dawkins escreveu vários trabalhos de impacto. Seus livros mais conhecidos são O Gene Egoísta e Deus, um Delírio, ambos já publicados no Brasil. Em Desvendando o Arco-Íris: ciência, ilusão e encantamento (Companhia das Letras, 2000), Dawkins afirma que a ciência traz mais beleza às coisas ao mostrar como o mundo ao nosso redor funciona. O primeiro capítulo da obra, O anestésico da familiaridade, inicia com um trecho muito interessante, que discute o quanto singular é cada uma de nossas vidas e, por consequência, o quanto é importante valorizá-las e fazer o melhor que pudermos ao longo de nossas existências.

“Nós vamos morrer, e isso nos torna afortunados. A maioria das pessoas nunca vai morrer, porque nunca vai nascer. As pessoas potenciais que poderiam estar no meu lugar, mas que jamais verão a luz do dia, são mais numerosas que os grãos de areia da Arábia. Certamente esses fantasmas não nascidos incluem poetas maiores que Keats, cientistas maiores que Newton. Sabemos disso porque o conjunto de pessoas possíveis permitidas pelo nosso DNA excede em muito o conjunto de pessoas reais. Apesar dessas probabilidades assombrosas, somos você e eu, com toda a nossa banalidade, que aqui estamos.”

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