quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A contagem para o apocalipse

Por Guilherme

Está prevista para o final do mês de outubro a virada do próximo bilhão na população humana. Ao final de 2011, seremos mais de 7 bilhões de seres humanos na Terra, e esse número chegará, de acordo com previsões otimistas, a 9 bilhões em 2050. As piores previsões indicam que poderemos ser mais de 12 bilhões daqui a 40 anos, o que configuraria uma verdadeira tragédia.
      É possível acompanhar as estimativas do número de habitantes do planeta em tempo real. Podemos assistir ao desenrolar da tragédia (como já escreveu Roger Waters) em tempo real através do site US & World Population Clocks. É interessante acessar o site para ver quantas pessoas vivem na Terra atualmente, e a cada atualização da página o número aumenta em algumas dezenas, ou centenas, de pessoas.
      Tenho lido muito sobre o crescimento populacional humano, e não encontrei sequer UM bom argumento favorável ao aumento de nossa população além do número atual. Ao contrário, todas as grandes mentes que estudam essa questão são unânimes em afirmar que devemos incentivar programas de planejamento familiar eficientes, para que as famílias se organizem de maneira sustentável, e que os pais tenham tempo e recursos suficientes para investir em seus filhos. Em resumo, devemos priorizar a qualidade de vida das pessoas em detrimento da quantidade. É melhor que existam menos indivíduos com boa qualidade de vida do que mais pessoas vivendo em condições deploráveis. Parece simples, mas basta ler alguns dos textos dos links abaixo para ver como na prática isso não é fácil.

Textos de Drauzio Varella sobre planejamento familiar, paternidade irresponsável, e as suas consequências.

Texto do antropólogo americano Garrett Hardin sobre a questão da qualidade de vida X quantidade de habitantes.

4 comentários:

  1. "(...)afirmar que devemos incentivar programas de planejamento familiar eficientes, para que as famílias se organizem de maneira sustentável, e que os pais tenham tempo e recursos suficientes para investir em seus filhos.".

    Hehehe sejamos sinceros: isto é apenas uma utopia, ou melhor, uma forma "GENTIL" de dizer que não tem jeito, né? Só mesmo uma ditadura braba com multa ou até métodos piores pra controlar a procriação. Mas aí também não adiantaria, pois as castas mais nobres continuariam tendo direito a gerar descendentes, enquanto os miseráveis provavelmente seriam convidados à castração química.

    Educação não dá mais conta do recado, sinto muito. Especialmente se considerarmos métodos como as propagandas ridículas que o governo federal brasileiro, por exemplo, vinha apresentando na televisão nos anos de 2010 e 2011... eram de dar risada. Acho que nem a agência de marketing que as criou prestava atenção.

    É sério: até 2050, estaremos iguais aos filmes de zumbis, tendo de fugir das hordas de famintos que comem tudo - e todos! - pela frente. Isso se já não tivermos nos transformado neles.

    Agora, vou ali fora procurar um pé de alface.

    J.Cataclism

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  2. Ah, detalhe: isso considerando onde HOUVER governo, certo? Sabemos muito bem que há dezenas de milhares de hectares no próprio Brasil onde a assistência não chega ou é ignorada/desconhecida. Imaginemos, então, como não é em tantos outros países miseráveis, que não têm acesso a nada vezes nada.

    J.Cataclism

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  3. Oi J.Cataclism,

    Também penso que essa é uma causa perdida, ou quase perdida. Como escreveu Drauzio Varella, qualquer tentativa de controle de natalidade é sumariamente taxada de "eugenia" ou coisa parecida. Quem diz defender os mais necessitados não entende, ou não quer entender, que QUALIDADE de vida é muito mais importante que quantidade de filhos. Não há dúvida que uma família com menos filhos pode se organizar mais facilmente e dar uma vida digna às crianças.
    Infelizmente há uma oposição terrível a ideias de planejamento familiar, tanto de partidos de esquerda quanto de direita, por diferentes motivos. Em países pobres, especialmente, é a receita para o desastre.

    Um abraço
    Guilherme

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  4. Sim! E o legal também dos textos dele é que sempre fica aquela "centelha"... dão a impressão de que ele precisou editar várias e várias vezes para que não pegasse pesado demais; Não parecesse ou fosse direto demais, se não é quase certo que não conseguiria entrar em alguns lares, horários, editoras ou emissoras.

    No limite.
    :-D

    J.Cataclism

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