quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O mau filho a casa torna

Por Guilherme

Que a educação é tratada como uma brincadeira no Brasil, isso não é novidade para ninguém. Enquanto nos altos escalões se discutem números e índices, questões como a qualidade de ensino, a valorização do professor, a responsabilidade das famílias com a educação das crianças, e a disciplina na sala de aula não são tratadas seriamente. E isso já se reflete nas escolas de todo o país, e na sociedade também. Para usar uma expressão do nobre deputado Tiririca (como é difícil falar sério no Brasil!), algumas escolas são ante-salas do manicômio. Nelas se juntam problemas das mais diversas ordens, e o professor, sempre ele, deve abraçar tudo e fazer o melhor possível.
        A Terceira Lei de Newton, ou princípio da ação e reação é uma metáfora perfeita da situação social de nosso país. Governo e sociedade não se interessam com a educação brasileira, e as nossas escolas e universidades (com a benção das famílias) devolvem à sociedade maus cidadãos e maus profissionais. É o princípio do bateu, levou.
        O caso mais recente da aplicação da Terceira Lei no Brasil aconteceu no Amapá, um dos lugares mais quentes de nosso país tropical. Lá, uma escola foi projetada de modo tão inteligente, e moderno, que as salas de aula substituem a sauna na manutenção da boa saúde dos alunos. A péssima circulação de ar mantém a temperatura acima dos 40 graus nas salas, fazendo com que as crianças, e professores, derretam durante as aulas. A solução foi encurtar o período das aulas, ou procurar locais como corredores e a sombra de árvores para que as lições sigam. É bom lembrar que aqueles que projetaram a escola há alguns anos também estiveram nos bancos de uma instituição de ensino fundamental e médio. Pior: depois disso passaram no vestibular, formaram-se no ensino superior e, em uma demonstração de gratidão pela ótima formação que sempre tiveram, resolveram devolver na mesma moeda. Justo, não?


Mais informações sobre a história estão no site Todos Pela Educação. Clique aqui para ler.

4 comentários:

  1. Ô, justíssimo!
    :-(

    O mau filho à causa torna, de verdade. Hoje só não é ainda mais verdadeiro isso porque professores praticamente não podem mais sequer mandar um pivete que atrapalha embora da sala.

    J.Cataclism

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  2. Infelizmente nossas instituições estão recheadas de 'profissionais' cuja competência é estar atrelado fielmente a ideais políticos partidários. Uma lástima, sem dúvida. Já foi assim com a ANAC e continua sendo com empresas públicas administradas por amadores.
    Prof. Valdemir Guzzo

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  3. Guilherme, posto aqui um link NADA A HAVER com a matéria, já que tu também curte um Chaves; Talvez já tenhas visto, aí depois pode apagar para não poluir.
    :-)

    => http://br.omg.yahoo.com/noticias/%e2%80%98brasileiros-dizem-que-sou-maravilhosa--me-abra%c3%a7am-e-choram%e2%80%99--diz-chiquinha-do-%e2%80%98chaves-%e2%80%98.html


    J.Cataclism

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  4. Valeu pelo link, J.Cataclism!

    Não vi a entrevista dela na TV, mas vou dar uma olhada. E concordo com ela em relação aos episódios favoritos, pois o de Acapulco e o do Festival da Boa Vizinhança são clássicos. Mesmo assim, eu teria mais uns 50 favoritos. É difícil de dizer qual episódio de Chaves ou Chapolin que é ruim. É só dar uma olhada nos comentários do pessoal nessa matéria para ver como tem muita gente que ainda assiste e gosta desses seriados.

    Um abraço
    Guilherme

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