segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Eu Mato

Por Natália

Quando Jean-Loup Verdier, DJ de uma rádio de Montecarlo, recebe um estranho telefonema de um ouvinte, todos imaginam estar diante de um louco perturbado, mas não de um assassino. Porém, assim que a ameaça anunciada na rádio se confirma – duas pessoas são encontradas mortas em um barco, sem a pele do rosto –, a população, a polícia e o governo do principado ficam desnorteados. Logo, novas ameaças surgem, sempre da mesma forma: o assassino liga para o programa de Jean-Loup, conversa um pouco com o apresentador e, por fim, deixa tocar uma música, a qual, depois se descobre, tem alguma relação com o crime que está prestes a ser cometido. Na cena do crime, há sempre uma espécie de ritual: após a morte da vítima, o criminoso retira a pele de seu rosto e deixa escrito, com sangue, a frase Eu mato.
        Mesmo com a ajuda do agente do FBI Frank Ottobre, a polícia se vê incapaz de solucionar essa série de mortes. Quando, porém, parece que a única alternativa possível é esperar que o assassino estabeleça novo contato e anuncie que irá matar de novo, Frank e seus colegas percebem que o serial killer cometeu um pequeno erro, deixando-lhes uma pista para a resolução do caso.
        Eu Mato (Intrínseca, 2010), do italiano Giorgio Faletti, é um romance policial ágil e cheio de reviravoltas. Nos primeiros dois terços da obra, o autor deixa o leitor esperando avidamente pelos próximos crimes e pelas eventuais pistas que o assassino poderá deixar. Na última parte, quando já se conhece a identidade do serial killer, a expectativa concentra-se em torno dos meios utilizados pela polícia para encontrá-lo e capturá-lo. Eu mato é uma obra policial instigante, escrita num ritmo tão acelerado que faz com que suas mais de 500 páginas sejam devoradas com muita rapidez. A série de crimes, a pouca quantidade de pistas e a sensação de que a polícia e o povo de Montecarlo estão nas mãos do psicopata são os ingredientes que fazem com que o leitor se prenda à trama e queira descobrir logo como todo o mistério é desvendado.

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