Vivaldo
Bonfim é um escriturário fascinado por livros. Seu trabalho, enfadonho e
burocrático, não traz a ele nenhuma alegria, e o homem recorre à leitura de clássicos
para viajar e esquecer a triste rotina. O escriturário usa todo tempo que pode
(inclusive em seu horário de expediente) para se perder em obras como Fahrenheit 451, de Ray Bradbury
(falecido recentemente) e A Ilha do Dr.
Moreau, de H.G. Wells. E é na leitura de A Ilha do Dr. Moreau que Bonfim realmente se perde e some do mundo.
Elias, menino de doze anos e filho de
Vivaldo, resolve assumir as buscas por seu pai. O método empregado é pouco
comum: Elias vai à biblioteca particular do pai e mergulha nos livros
apreciados por Vivaldo, na tentativa de tentar entender o que aconteceu com o
pai.
A busca empreendida por Elias Bonfim está
retratada em Os Livros Que Devoraram Meu
Pai (Leya, 2011), do português Afonso Cruz. A obra é de leitura rápida (tem
112 páginas), faz referências a grandes clássicos da literatura mundial e tem
um enredo intrigante. Sua leitura não nos deixa dúvida de que as obras
literárias podem influenciar fundamentalmente nossas vidas, para o bem ou para
o mal.
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