quinta-feira, 14 de julho de 2011

Indústrias de diploma

Por Guilherme

No post anterior, discutimos o baixo Índice de Desenvolvimento Humano de nosso país. Se considerarmos o palavrório de nossos últimos governos, vivemos além do Primeiro Mundo. Se olharmos para a realidade brasileira, refletida no IDH, perceberemos como os governos têm mentido para nós.
      A trágica situação educacional brasileira fará com que nosso IDH dificilmente se altere significativamente nos próximos anos. Apesar disso, o governo precisa fazer algo para dizer que está realmente preocupado em melhorar a educação brasileira. Há alguns anos, a ideia foi ampliar o Ensino Superior, permitindo a abertura de novas faculdades e universidades em todo o país. A ideia foi ótima para empresários que estavam pensando em como ganhar mais dinheiro, mas péssima para o Brasil. Inúmeras instituições foram criadas, e inúmeras pessoas ingressaram no ensino superior, geralmente pagando menos do que em instituições mais tradicionais. O custo social de tudo isso foi que a qualidade do ensino despencou. Não é raro encontrar salas lotadas, mal estruturadas, desorganização nas salas de aula e na secretaria, alunos que ingressam sem prestar vestibular, e alunos semi-analfabetos que são aprovados nas disciplinas de seus cursos, e acabam obtendo o diploma. São as famosas "indústrias do diploma". Não há como desenvolver um país desse jeito.
      Para entender melhor essa questão, leia o artigo de Walter Hupsel no Yahoo. Delinquência Acadêmica é o título do texto. E é o que o governo e os "investidores" da educação têm praticado em nosso país há muito tempo.

2 comentários:

  1. Gostei do texto, Guilherme.
    Em relação ao artigo do Walter, ntambém costumo lê-lo quase sempre que sai um novo. Na maioria das vezes, não posso dizer que concordo com o cara, mas dou-lhe a mesma importância que dou ao greenpeace, por exemplo: posso não concordar com o que diz ou faz, mas é imprescindível que haja sempre alguém cutucando a ferida. A hora que cicatrizar, 'tâmos tudo ferrado'.



    J.Cataclism

    ResponderExcluir
  2. Oi J. Cataclism,

    Eu nunca tinha lido essa coluna, mas o assunto me chamou a atenção. O que autor escreve é muito importante, e infelizmente nenhuma autoridade (como o Ministro da Educação) toma qualquer atitude para mudar o panorama dessas fábricas de diploma. Creio que isso não mudará logo, pois essas empresas educacionais têm uma base financeira enorme, e fazem um grande lobby junto ao governo. Então, é melhor deixar as coisas assim do que mexer com os interesses de quem tem um poderio econômico gigantesco.

    Um abraço
    Guilherme

    ResponderExcluir