Impossível haver alguém que nunca ouviu
falar do Fantasma da Ópera. Gênio da música e perito na elaboração dos mais
variados truques de mágica e ventriloquismo, o Fantasma da Ópera habita os
porões da Ópera de Paris, e é ali que ele conhece e treina a soprano Christine
Daaé, cujo talento parece emergir da noite para o dia, surpreendendo todos os
frequentadores e funcionários da Ópera e despertando no Visconde Raul de Chagny
um amor há muitos anos esquecido.
Embora a existência de um fantasma seja temida por muitos, o espírito na
verdade é um homem de carne e osso chamado Erik. Erik é dono tanto de uma voz
incrível e de uma inteligência singular como de um rosto deformado, quase
impossível de ser contemplado. O maior desejo do Fantasma, porém, é poder ser
amado como qualquer pessoa normal, e ele espera que a jovem Christine possa
conceder-lhe esse sonho.
Quando Erik começa a conversar com Christine através das paredes da
Ópera, ela acredita que seu falecido pai finalmente lhe enviou o Anjo da
Música, conforme a promessa que ele havia lhe feito em seu leito de morte. As
lições de canto logo aproximam o Fantasma e a moça, que, ao ver a aparência de
seu tutor, não pode evitar sentir pena e uma certa aversão. Embora apaixonada
por Raul, Christine se sente inexplicavelmente atraída pelo Fantasma, que
parece dedicar sua vida a torná-la uma estrela do teatro francês. Raul, porém,
não suporta a interferência de Erik na vida de Christine, e planeja fugir com a
moça. Christine concorda com a fuga, mas decide cantar para o Fantasma uma
última vez. É no meio dessa apresentação que Christine desaparece misteriosamente,
deixando ao atordoado visconde a difícil tarefa de encontrá-la e livrá-la das
mãos do Fantasma.
O Fantasma da Ópera (Ediouro,
2005), de Gaston Leroux, é um clássico da literatura mundial. Muito mais do que
uma deliciosa história de mistério (ou de terror, na opinião de alguns; ou de
amor, na opinião de outros), a obra pode ser lida como uma metáfora sobre como
o mal pode superar o bem se a vontade de conquistar algo é forte demais, sobre
como a rejeição desperta nas pessoas o ódio e o desejo de vingança e sobre como
a compaixão pode sobreviver mesmo depois que outros bons sentimentos já foram
extintos. O Fantasma da Ópera é tudo
isso e um pouco mais: as descrições das invenções de Erik e de seus elaborados
mecanismos para enganar os frequentadores da Ópera são divertidas, enquanto sua
adoração por Christine, sua reação inflamada ao espanto que sua presença e seu
rosto causam às pessoas e os relatos sobre sua infância e juventude são
profundamente tocantes. O Fantasma da
Ópera é uma daquelas obras que deixam o leitor pensativo por um bom tempo
depois que a última página foi virada. É também um daqueles casos em que, mesmo
que suas adaptações cinematográficas sejam excelentes (e tragam um fantasma
muito mais atraente do que o do original), o livro é sem dúvida insubstituível.
Está na minha lista de obras a serem relidas um dia.
Gosto de livros, de filmes relacionados a livros e dos temas musicais dessas obras. Lembro de algumas trilhas sonoras que são verdadeiros trabalhos de 'engenharia musical' como Lawrence da Arábia, Dr. Jivago, Girassóis da Rússia, Casablanca, dentre tantos e O Fantasma da Ópera em suas diversas versões. Uma boa leitura e uma ótima audição aos leitores do Página Virada.
ResponderExcluirProf. Valdemir Guzzo
Pai, também gosto muito de músicas-tema de filmes. Não tenho muito conhecimento sobre o assunto, mas a música d'O Fantasma da Ópera é de longe a minha preferida. Lendo o livro, dá para perceber que ela realmente tem tudo a ver com o enredo.
ResponderExcluirObrigada!
Natália
O livro eu nunca li, mas deu vontade! Em relação à música, a única que escutei (e gostei MUITO!) até hoje foi a versão da Nightwish:
ResponderExcluir=> http://youtu.be/i5SUSmedMm8
J., a música-tema do filme de 2004 é fabulosa. E tem uma gravação bem comum, que toca sempre que O Fantasma da Ópera é evocado, que não sei de quem é, mas é linda! Quanto ao livro, está entre meus top five, eu acredito. Abraço,
ExcluirNatália
Oi J.Cataclism,
ExcluirEu tive a oportunidade de ouvir o Nightwish tocar essa música ao vivo em 2005, em um festival de heavy metal em POA (fui porque sou fã dos Scorpions, os últimos a tocar naquele dia). A versão deles é muito boa, e a voz da cantora (ou ex-cantora) também. Só não sou muito fã de outras versões que eles fazem para clássicos do rock, como High Hopes, do Pink Floyd.
Um abraço
Guilherme
Beleza, Guilherme; que inveja! Eu conheço por gostar da banda, mesmo, embora não tenha ido a qualquer show deles aqui.
ExcluirParalelamente, gosto bastante também da High Hopes, mas nunca me dei o trabalho de ver que era do próprio Pink Floyd (até por não gostar de muita coisa destes últimos...).
Incluindo "O Fantasma" na lista para 06/2012, então.
Valeu!
Em tempo, agora que precisei digitar os "captchas" para o meu comentário anterior que lembrei de deixar uma sugestão de um tópico n´outro blog para vocês.
Excluir"Captchas" são esses 'códigos' que precisamos digiar para podermos encaminhar os comentários. Ultimamente, apesar de continuarem um porre (mas excelentes para moderadores de blogs), eles têm "ajudado" a decifrar algumas palavras dos livros digitalizados.
Deem uma espiadinha no link:
=> http://www.ligiafascioni.com.br/2012/04/captchas-do-bem/