segunda-feira, 9 de abril de 2012

Procura-se um Vampiro

Por Natália

Voltando para casa do trabalho, tarde da noite, a garçonete Sookie Stackhouse depara-se com um homem seminu correndo junto à rodovia, atordoado. Sookie o reconhece: ele é o vampiro Eric, o manda-chuva do grupo de vampiros que habita Bom Temps, uma cidade fictícia da Louisiana. Eric, porém, parece estar mudado: ele agora é um vampiro gentil, atencioso, e sem memória. Sookie decide levar o morto-vivo para casa e um pouco depois, em conversa com os subordinados de Eric, descobre que ele está sob o efeito de um feitiço lançado por uma bruxa. Agora, Sookie, Eric e o grupo de vampiros precisam encontrar uma maneira de quebrar esse encanto. Enquanto isso, a garota deve abrigar Eric em sua casa e não deixar ninguém o ver – o que acabará aproximando demais os dois.
      Procura-se um Vampiro (Benvirá, 2011), de Charlaine Harris, é uma obra repleta de aventura, mistério e sensualidade. O livro é o quarto volume da sequência que deu origem à série True Blood, exibida na HBO. O detalhe é que, quando comprei a obra, não me dei conta de que a história já estaria relativamente avançada – imaginei que estava adquirindo o segundo volume da série. Eu já conhecia por alto a história, por já ter assistido a alguns trechos de True Blood: nos tempos atuais, os vampiros decidem “sair do armário” (ou do caixão, como se afirma no livro) e lutar por seus direitos quando, após a invenção de um sangue sintético, a morte de seres humanos para sua alimentação se torna desnecessária. Sookie, a heroína da série, é telepata, mas não consegue ler a mente dos vampiros. Logo no início, ela se apaixona por Bill, um vampiro bonitão que lutou pelo Sul durante a Guerra Civil norte-americana. Em Procura-se um vampiro, Bill, que é subordinado a Eric, está brigado com Sookie e decide fazer uma espécie de retiro no Peru.

      O que me motivou a comprar a obra foi – acreditem – sua capa. Passando pela seção de livros estrangeiros em uma livraria, observei que as capas dos livros da série eram muito engraçadinhas (para uma sequência sobre vampiros): coloridas, com desenhos leves e inocentes – bem diferentes das capas da versão em português, que eu não conhecia na época. Pensei que, talvez, os livros fossem menos sensuais do que a série feita para a televisão. Após a leitura, continuo achando que de fato o são – mas prefiro não os recomendar àqueles que preferem uma história que envolve romances entre vampiros e humanos com juras de amor eterno, ao estilo Crepúsculo.

4 comentários:

  1. Eu gostei da resenha, mas, ainda assim, confesso que não fiquei muito interessado pelo livro.

    Isso mudou e me animei um pouco quando li a tua última frase! Haha!

    Tentei e tentei, mas não consegui aguentar mais do que duas ou três dúzias de páginas da série de Crepúsculo. No entanto, os mais antigos como nos tempos do Vampiro Lestat, aí eu já curtia.

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  2. Oi, J. Cataclism.
    Pois é: histórias sobre vampiros - ame-as ou deixe-as. Ou ainda: ame algumas e deixe outras. Acho que a sequência criada por Charlaine Harris está mais próxima das histórias do Vampiro Lestat ("Entrevista com o Vampiro" já foi resenhada aqui no blog, inclusive) do que da série Crepúsculo (que não resenhei, embora tenha lido até "Eclipse"). Confesso que sou bem chegada a histórias de vampiros, por isso minha tendência é gostar da imensa maioria (inclusive de Crepúsculo). Só acho que quem quer uma história de vampiro mesmo não deve ler Crepúsculo - que, na minha opinião, é mais uma história de amor do que qualquer outra coisa. Agora, para quem curte uma obra sobre vampiros com mistério, reviravoltas, sangue, sensualidade (e todos os outros ingredientes que já estavam no clássico "Drácula"), a série de Charlaine Harris é uma boa pedida.
    Abraço,
    Natália

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  3. ...eu achei ótimo no ano passado, quando, num dos encontros literários com o Marco de Menezes, na Do Arco da Velha, o Nivaldo Pereira comentou a respeito dos "vampiros politicamente corretos, vegetarianos e que poderiam tomar sol" da série Crepúsculo hehehehe.

    Nada contra o tema vampirístico! Também sou tri fã, mas a Crepúsculo e uns bons trechos de "Rainha dos Condenados" conseguiram dar uma broxada legal nessa vontade...

    Voltando ao tema do tópico, considerando a opinião da Natália em relação ás capas, dei uma espiada na internet nas 'covers' dos demais livros da autora, e as próprias originais também parecem um tanto quanto toscas. Pelo jeito, no caso dessa edição nacional, valeu mesmo ter escolhido pela capa!
    :-)

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  4. Oi, J. Na verdade, a versão que eu comprei foi a original, em inglês, e foi a capa desta que me chamou a atenção (não deixei isso muito claro no texto). E ela de fato parece mais com a capa de um conto infantil do que com a de uma história de vampiros. A capa da edição brasileira, concordo, tem muito mais a ver com o tipo de história... É engraçado mesmo que as outras capas da autora sigam no mesmo estilo um tanto quanto tosco (faço minhas as tuas palavras ;]) - se bem que, mesmo em inglês, já começaram a fazer novas edições, com fotos dos atores de True Blood nas capas.
    Valeu pelo comentário!
    Natália

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