Quente, plano e lotado

O ano de 2010 foi denominado pela UNESCO como o “Ano Internacional da Biodiversidade”, com o objetivo de estimular a população mundial a agir pela proteção da vida na Terra. A perda de espécies animais e vegetais é apenas um dos inúmeros problemas socioambientais que enfrentamos hoje, e também um dos mais graves, considerando que estamos extinguindo espécies a um ritmo jamais visto na história do planeta depois que os seres humanos apareceram por aqui. A esse problema soma-se o aquecimento global, ou seja, o aumento da temperatura na superfície terrestre e nos oceanos, que está trazendo consequências sérias para a vida no planeta. A origem desses dois problemas é comum: nosso modelo atual de produção industrial e o alto consumo. Para sustentar uma população em rápido crescimento e com uma sede cada vez maior por produtos novos, é necessário aumentar o ritmo de produção. Para que isso ocorra, é preciso explorar mais recursos naturais, desmatar e poluir. Pelo menos é isso o que temos feito desde a Revolução Industrial até hoje. Uma revolução, aliás, é o que propõe o escritor americano Thomas Friedman em seu novo livro, Quente, plano e lotado: os desafios e oportunidades de um novo mundo (Editora Objetiva, 2010). De acordo com Friedman, somente uma modificação radical em nosso sistema de obtenção de energia e de produção industrial pode reverter os processos de degradação ambiental na Terra. Obviamente, cada cidadão ainda desempenhará um importante papel, mas a mudança substancial no panorama atual se dará somente, de acordo com o autor, se governos e empresas investirem muito em novas tecnologias e na aplicação das que nós já possuímos. A boa notícia é que isso dará grandes oportunidades a muitos empreendedores. A má é que não podemos esperar muito para levar esse plano adiante.

E você? Já pensou no impacto que causa no planeta devido ao seu estilo de vida? Faça o teste em http://www.pegadaecologica.org.br/