sábado, 27 de agosto de 2011

As pessoas não discutem mais as boas ideias

Por Guilherme

O professor Neal Gabler, da University of Southern California, publicou um texto muito interessante há alguns dias no The New York Times, chamado “The Elusive Big Idea”. O termo “elusive” significa algo difícil de encontrar, esquivo. Muitas vezes se usa esse termo para algo que nem sequer existe, como quando se diz que o Pé-Grande é um animal “elusive”.
      Assim como o Pé-Grande, as grandes ideias estão difíceis de serem encontradas hoje em dia. E Gabler escreveu com propriedade sobre isso. Segundo o autor, as pessoas utilizam seu tempo para discutir futilidades e informações superficiais, como o que comem no almoço ou para onde estão indo. Em resumo, coisas que não interessam a ninguém, a não ser ao próprio autor (se é que realmente interessam a ele).
      Gabler sustenta que as pessoas não utilizam as facilidades da tecnologia para discutir grandes ideias, ideias que poderiam engrandecer as suas vidas. Ao invés disso, nós estamos cada vez mais vazios, sem conteúdo, e faltam pessoas capazes de criar coisas novas, de levantar grandes ideias.

      Quem está com o inglês afiado não pode perder o artigo de Gabler. Clique aqui para acessá-lo.

Um comentário:

  1. Cara, eu considero isto uma faca de dois "legumes", daqueles bem enraizados e difíceis de cozer. Falo isso porque, apesar de acompanhar boas páginas e participar na medida do possível, eu "detesto" esta virtualidade; Dificilmente consigo tocar adiante algum assunto por mais do que duas ou três mensagens sobre o mesmo tópico. No entanto, se conversasse com os amigos pessoalmente sobre algo útil, provavelmente teria passado este um ano (aproveitando o aniversário do blog) discutindo, ainda, os tópicos iniciais.

    Eu ainda ouso dizer que, uma das coisas que mais desestimulam o debate virtual é ver gurizada desde antes dos vinte anos metendo a boca e desrespeitando, por exemplo, professores com mais de sessenta anos de idade. Ficou e está muito fácil levantar o dedo, apontar e reclamar virtualmente, antes mesmo de ler a opinião alheia.

    Ou seja, ponto para o autor, novamente, do MEU ponto de vista. A tecnologia é muito, mas muito mal utilizada, relativamente falando, para aquilo que realmente presta.

    E, sinto muito, mas não acho que revoluções recentes como na Síria, Egito e Líbia possam ser citadas como bons exemplos só porque, SU-POS-TA-MEN-TE iniciaram nas tais redes sociais. Para mim, isso continua sendo balela.

    J.Cataclism

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