segunda-feira, 29 de abril de 2013
sábado, 20 de abril de 2013
Salvem os professores!
O
jornal Correio Brasiliense trouxe, em sua edição do dia 08 de abril, uma
notícia preocupante: quase 40 mil alunos do Ensino Superior que cursavam alguma
licenciatura (curso que forma professores para atuação nos Ensinos Fundamental
e Médio) desistiram do magistério mesmo antes de terminarem a graduação. No
caso de cursos de licenciatura em Física, um terço dos alunos decidiu mudar de
rumos, trocando a possibilidade de atuar como professores em escolas pela
oportunidade de trabalhar em uma área diferente, e possivelmente melhor
remunerada.
Pense, prezado leitor, por um momento a
respeito da seguinte questão: quais são os fatores que levam alguém a escolher
determinada profissão? A remuneração? As condições de trabalho? Uma jornada de
trabalho adequada? Um ambiente de trabalho tranquilo? O reconhecimento social
da importância da profissão? O amor pela profissão? A realização pessoal por se
fazer algo que a própria pessoa considera importante? No caso dos professores,
penso que somente as duas últimas perguntas podem nos fornecer respostas
razoáveis sobre o porque de alguém querer trabalhar em uma escola brasileira.
Quando ouvimos protestos em favor de
melhorias na educação, na maioria das vezes os relacionamos às lutas dos
docentes pelo aumento de seus salários. É, obviamente, uma causa mais do que
justa, e que ainda não foi atendida plenamente por nenhum governo aqui no
Brasil. Além disso, temos que levar em conta que melhorias na educação não
passam apenas por incrementos salariais. Há um mundo de coisas para se
modificar, e uma análise breve do dia-a-dia dos professores pode nos dar
algumas pistas a respeito dos aspectos sobre o quais temos que prestar atenção.
Um desses aspectos é o escopo de atuação de
um docente. Se há algumas décadas, o maior foco do professor era em como
discutir os assuntos da aula com seus estudantes, hoje a situação é outra. Um
professor, nos dias atuais, não pode se preocupar apenas em trabalhar os temas
de suas aulas com os alunos. Ele também se obriga a abraçar problemas que não
são, necessariamente, seus. Assim, um professor atua como pai e mãe de um aluno
ao apresentar a ele normas básicas de convivência social, de respeito aos
professores, colegas e funcionários da escola, e de como agir com um mínimo de
civilidade quando se convive com outras pessoas. Tarefas como essa já são por
si sós complexas, e ainda há o agravante que, geralmente, o professor não
precisa substituir os pais de apenas um aluno, mas de dezenas deles na tarefa
de ensinar aspectos fundamentais da vida em sociedade. “E as famílias, onde
estão?”, alguém poderia perguntar, e a resposta talvez fosse “muitas delas
estão se preocupando com alguma outra coisa”. Para muitos pais e mães, as
escolas não passam de creches para adolescentes.
O professor é, para mim, o mais corajoso dos
profissionais. Somente alguém com uma tendência a comportamentos heróicos pode
aguentar uma jornada de 40 horas semanais na sala de aula (e outras tantas
horas em casa, preparando e corrigindo trabalhos), trabalhando com um número cada
vez maior de adolescentes indisciplinados, perdendo a voz, o sossego e, muitas
vezes, a paciência. A recompensa é um salário mirrado no final de cada mês, e
poucas palavras de agradecimento de pais e mães.
Sem dúvida, o cotidiano escolar nem sempre
apresenta situações como as que eu descrevi acima, e a vida dos professores não
é o roteiro de uma tragédia. Mesmo assim, temo que estamos nos encaminhando
para uma era na qual os professores são considerados responsáveis por tudo o
que ocorre na escola, da nota dos alunos aos conflitos que ocorrem na
instituição. Está na hora de exigirmos mais da sociedade, das famílias e dos
alunos, e isso não deve ser feito para diminuir a responsabilidade dos
professores, mas para redistribuí-la com justiça entre os docentes e os demais sujeitos
que participam do cotidiano escolar.
domingo, 14 de abril de 2013
Velhos Tempos, Belos Dias: o conjunto Blue Moon nos incríveis anos sessenta
A
década de 1960 foi, em termos de música popular, o mais brilhante período do
século passado. Nunca, na história contemporânea, vimos artistas tão bons como
os daquela época. Beatles, Rolling Stones, Pink Floyd, Beach Boys, Creedence,
Simon & Garfunkel, Eric Clapton e Rod Stewart, entre vários outros, faziam
a cabeça dos apaixonados pelo rock em todo o mundo. No Brasil, havia a Jovem
Guarda, com o rei Roberto, Erasmo Carlos e Os Incríveis.
No interior do Rio Grande do Sul, jovens se
organizavam em conjuntos, animados com a possibilidade de levar a música a
outras pessoas e de imitar os seus heróis. Ao final de uma década na qual o
Brasil passou a ser mais uma ditadura na América do Sul, e a liberdade civil
foi cerceada, a música era também um dos meios encontrados para que as pessoas
pudessem se expressar. No entanto, a possibilidade de encontro com outras
pessoas ao som de uma boa música, em um baile, era um dos principais motivos
para os artistas de então.
Nesse contexto surgiu o Blue Moon, um
conjunto de Veranópolis que levou a boa música a várias cidades de nosso
estado. O nome do grupo foi extraído de uma famosa canção de mesmo nome,
composta em 1934 por Richard Rodgers e Lorenz Hart, e executada por um grande
número de artistas, como Elvis Presley, Bob Dylan, Frank Sinatra, Cliff Richard
e Rod Stewart. O nome em inglês também refletia uma tendência da época, mesmo
para conjuntos brasileiros.
Tendo que conviver com as limitações
impostas a músicos que vivessem no interior gaúcho na década de 1960 (os instrumentos
eram caros, assim como caixas de som e outros aparatos importantes, era difícil
conseguir as cifras das músicas e as letras em inglês, as estradas eram
precárias, a Kombi, desconfortável,...), o Blue Moon teve uma passagem marcante
pelo cenário cultural de Veranópolis e da Serra Gaúcha, e deixou saudades entre
aqueles que tiveram a chance de acompanhar a performance do conjunto.
Em Velhos
Tempos, Belos Dias: o conjunto Blue Moon nos incríveis anos sessenta
(Editora do Maneco, 2013), meu pai (e baixista do grupo), Valdemir Guzzo, conta
a história da trajetória do grupo Blue Moon aliada a informações sobre a vida
no Brasil da época e a atmosfera cultural que rodeava a sociedade de então.
Além de tratar do amor pela música que os integrantes do grupo tinham, a obra
faz um importante resgate histórico de uma época saudosa, na qual a música era
um meio de unir as pessoas e de emocioná-las. O prefácio de Velhos Tempos, Belos Dias foi escrito
por Nenê Benvenuti, baixista de Os Incríveis e uma das influências do Blue
Moon.
O livro será lançado no início de maio em Veranópolis, com uma reunião dos membros do conjunto.
terça-feira, 2 de abril de 2013
O melhor professor que eu já tive
O texto abaixo foi escrito por David
Owen e publicado na edição asiática da revista “Seleções” (Reader’s Digest), em
abril de 1991. O artigo foi traduzido para o português e está disponível em vários
sites na internet, e eu o publico aqui no blog porque ele expõe um dos objetivos
mais importantes da educação, que é desenvolver pessoas pensantes e que
cultivem o hábito da dúvida.
O
senhor Whitson ensinava ciências para a 6ª série. No primeiro dia de aula ele
nos falou sobre uma criatura chamada cattywampus, um animal noturno extinto
durante a Era do Gelo. Ele passou para os alunos um crânio enquanto falava.
Todos nós fizemos anotações e depois respondemos a um teste sobre a aula.
Quando recebi a prova corrigida fiquei
surpreso. Havia um grande e vermelho X em todas as minhas respostas. Eu havia
falhado. Devia haver algum engano! Eu havia escrito exatamente o que o
professor Whitson havia dito na aula. Então percebi que todos na classe haviam
falhado. O que havia acontecido?
Muito simples, o professor explicou. Ele
havia inventado tudo o que falou sobre o cattywampus. Aquele animal nunca havia
existido, ou seja, toda a informação em nossas anotações estava errada. Nós
esperávamos crédito por respostas erradas?
Desnecessário dizer, nós ficamos revoltados.
Que tipo de teste era esse e que tipo de professor ele era?
Nós deveríamos ter descoberto, o senhor
Whitson disse. Afinal, equanto ele passava o crânio do cattywampus pela sala
(que na verdade era o crânio de um gato), não estava afirmando que não havia
sobrado nenhuma evidência do animal? Ele havia descrito sua incrível visão
noturna, a cor de sua pelagem e muitos outros fatos que ele não poderia saber.
Ele havia dado ao animal um nome ridículo e mesmo assim ninguém havia desconfiado.
Os zeros em nossas provas iriam para a avaliação, ele disse. E eles foram.
O professor Whitson disse que esperava que
aprendêssemos uma lição dessa experiência. Professores e livros didáticos não
são infalíveis. Na verdade, ninguém é. Ele nos disse para nunca deixar nosso
cérebro ficar desatento e a tomar satisfação sempre que pensássemos que ele ou
qualquer livro estivessem errados.
Toda aula com o professor Whitson era uma
aventura. Ainda posso lembrar de algumas aulas de ciências do começo até o
final. Um dia ele nos disse que seu carro era um organismo vivo. Nós demoramos
dois dias para bolar um argumento contrário que ele aceitasse. Ele não nos
deixava sossegar até que houvéssemos provado não só que sabíamos o que era um
organismo, mas também que tínhamos força para defender a verdade.
Nós levamos nosso recém-adquirido ceticismo
para todas as nossas aulas. Isso causou problemas para os outros professores,
que não estavam acostumados a serem desafiados. Nosso professor de história
começava a falar sobre algum assunto e de repente se ouvia alguém limpando a
garganta com força, e alguém dizia “cattywampus”.
Se alguém me pedisse uma proposta para
solucionar os problemas de nossas escolas, ela seria o professor Whitson. Eu
não fiz nenhuma grande descoberta científica, mas ele deu a mim e meus colegas
de classe algo tão importante quanto: a coragem de olhar outra pessoa no olho e
dizer que ela está errada. Ele também nos mostrou que você pode se divertir
nesse processo.
Nem todo mundo vê valor nisso. Uma vez contei
sobre o senhor Whitson a um professor de Ensino Fundamental, que ficou
horrorizado. “Ele não devia ter enganado você assim”, disse. Eu o olhei nos
olhos e disse que ele estava errado.
terça-feira, 26 de março de 2013
A História das Coisas
Na
década de 1960, o biólogo Paul Ehrlich alertava sobre a necessidade de planejar
o crescimento da população humana. Segundo ele, o planeta chegaria ao colapso
através do que ele denominou de a “bomba populacional”, ou seja, de um número
de habitantes cuja manutenção é incompatível com a disponibilidade de recursos
de nosso planeta. A previsão de Ehrlich se mostrou equivocada, embora a base de
sua argumentação ainda seja válida: o planeta não pode suportar um consumo de
recursos maior, e mais veloz, do que a sua capacidade de reposição. E esse é um
problema considerado seriamente nos dias atuais.
Se todos os países do mundo tivessem um
padrão de consumo semelhante ao dos Estados Unidos, um planeta Terra não seria
o suficiente para manter uma população do tamanho da atual, com cerca de 7
bilhões de pessoas. Mais do que o número de habitantes, a preocupação de
ambientalistas e de estudiosos de ecologia tem sido o aumento no padrão de
consumo em todo o mundo, especialmente nos chamados países em desenvolvimento,
como o Brasil, a Índia e a China.
O aumento no consumo de um país é
consequência, obviamente, do aumento do uso de recursos por cada cidadão.
Assim, quando a população passa a comprar mais e a usar mais recursos, além dos
sempre citados aspectos econômicos positivos, cria-se uma série de potenciais
problemas socioambientais: de onde vem e para aonde vai tudo aquilo que
compramos? Ao nos preocuparmos com a origem dos produtos que consumimos,
estando pensando nas pessoas que o produziram (e em que condições trabalharam),
na matéria-prima que foi utilizada (e como foi extraída) e no processo de
produção e distribuição (quanta energia utilizou e de que maneira impactou o
ambiente). Em relação ao destino dos produtos que compramos, é importante
pensarmos o que será feito com eles depois que não estiverem mais em uso.

A
História das Coisas é um livro muito importante por nos deixar a par da
cadeia de eventos a qual nos juntamos quando compramos algo. Como afirma a
autora, o grande problema de toda essa história está no consumismo, na compra
desenfreada e irrefletida de produtos supérfluos ou desnecessários. Se a melhor
abordagem para resolução de um problema é ter muitas informações a respeito
dele, a leitura de A História das Coisas
deve ser um bom começo para todos nós.
sexta-feira, 15 de março de 2013
Educação não pode ser apenas um slogan
No final da década de 1930, enquanto
apresentava algumas de suas ideias sobre educação em uma conferência, o
filósofo americano John Dewey dedicou um tempo significativo de sua
apresentação para discutir duas questões basais: o que é, realmente,
“educação”, e quais são as condições necessárias para que possamos rotular algo
como sendo, pura e simplesmente, “educação”?
Dewey preocupava-se com o fato de que a educação estava sendo entendida
mais como um slogan do que como uma realidade. Desse modo, era vital discutir e
compreender o verdadeiro significado do termo educação, e aquilo que a educação
representa, em termos de formação pessoal e profissional, para qualquer pessoa.
Podemos estender a ideia de Dewey, e afirmar que uma sociedade que tenha uma
noção razoável a respeito do significado, conceitual e prático, de educação, é
uma sociedade na qual se valorizam o desenvolvimento pessoal e também as
pessoas que auxiliam outras nesse processo, os professores.
Não sei se existiu outra época em nossa história recente na qual foram
realizadas tantas campanhas a favor da educação. O que vemos em canais de
televisão, rádio, jornais, revistas e sites na internet é uma verdadeira
enxurrada de slogans sobre temas relacionados à vida escolar, que tratam do
respeito aos professores, da importância de se manter crianças e adolescentes
nas escolas, e da necessidade de encontrarmos respostas para os problemas da
educação brasileira. Obviamente, um aspecto positivo dessas campanhas é que
elas mantêm as discussões sobre educação na pauta da imprensa e, espero, da
sociedade. Mas é importante perguntar: seriam essas campanhas algo mais do que
simples slogans?
Tendo por base a multiplicidade de campanhas cujo objetivo é a boa
convivência e o respeito na sociedade (como as campanhas pela segurança no
trânsito, pela paz, pelo respeito aos idosos, etc), e a maneira pela qual essas
campanhas são realizadas e, principalmente, pelo fato de que boa parte de suas
ideias não é realmente incorporada pela maioria de nós, fico temeroso pelo
futuro da educação – educação de verdade – no Brasil.
Encontraremos
boas respostas para a educação e, mais do que isso, poderemos ver, de fato,
melhorias nas condições de nossas escolas, quando deixarmos de repetir o termo
“educação” como um simples slogan, pela força do hábito. Veremos melhores
escolas, melhores alunos e melhores professores (com melhores condições de
trabalho também) quando sentirmos o quão necessária é a educação para construir
um país forte e uma sociedade baseada em valores sólidos. Isso vai acontecer
quando nos indignarmos, de verdade, ao perceber que faltam professores em quase
metade das escolas estaduais no início do ano letivo, quando nos revoltarmos
com o péssimo salário recebido pelos professores, e quando tomarmos como extremo
desrespeito o fato de termos escolas pessimamente estruturadas. Esse é o
primeiro passo. O próximo é escolhermos bem nossos representantes políticos,
observando com cuidado suas propostas – e seu histórico pessoal e profissional
– relacionadas à melhoria da situação educacional em nossa cidade, estado e
país. Também é essencial fiscalizarmos nossos representantes, nos mantermos informados
a respeito do que acontece dentro e fora de nossas escolas, e a cultivar, em
nossas casas, um ambiente favorável ao desenvolvimento de valores como o
respeito, a empatia e a curiosidade. Sem isso, lamento, continuaremos vivendo
em um mundo de ficção, cheio de slogans.
sexta-feira, 8 de março de 2013
Libertação Animal
A maior parte de nós, gaúchos, não
perde um churrasco no domingo. O que comemos, mas não gostamos de dizer
claramente, são pedaços daquilo que há pouco fora uma vaca, um porco ou uma
galinha. Pedaços de corpos de animais que morreram por nossa causa, para
agradar nosso paladar. Quando questionados a respeito da ética de se confinar
animais para o abate, e de todo o sofrimento que esse processo envolve, muitas
vezes respondemos que bois, porcos e galinhas são “feitos” para isso mesmo.
Opinião semelhante nós ouviríamos de um asiático que se alimenta de carne de
cães ou gatos, de um europeu que se alimenta de cavalos, ou de um africano ou
sul-americano que se alimenta de macacos. Nosso critério para selecionar aquilo
que comemos, e aquilo que evitamos comer, parece ser somente o de simpatia por
uma espécie, e não por outra. Um péssimo critério, obviamente, mas que acabou
moldando nossa cultura alimentar.
Em 1975, o filósofo australiano Peter Singer publicou a obra que seria
um marco mundial na discussão a respeito dos direitos dos animais não-humanos,
“Libertação Animal” (editado no
Brasil pela Martins Fontes). Para Singer, nossa relação com as demais espécies
animais deve estar pautada na atenção e no respeito ao fato de que eles, da
mesma maneira que nós, são capazes de sofrer. Nesse aspecto, Singer ecoa as
palavras do filósofo Jeremy Bentham: “A questão não é ‘eles podem raciocinar?’
e nem ‘eles podem falar?’, mas sim ‘eles podem sofrer?’” Se a resposta para a
última pergunta for “sim”, então nós precisamos mudar nossas ideias e atitudes
em relação aos outros animais, argumenta Singer.
“Libertação Animal” traz as
ideias de Singer a respeito daquilo que temos feito aos animais de outras
espécies, e apresenta argumentos muito bons sobre uma necessária mudança em
nossa visão, e consideração, do restante do mundo vivo, especialmente dos
animais sujeitos a situações de sofrimento físico ou psicológico. As situações
de sofrimento descritas pelo autor envolvem animais criados para abate, animais
utilizados em experimentos biomédicos e animais utilizados para entretenimento
(como em circos), e são chocantes as informações sobre as condições em que os
animais são mantidos e tratados. Crueldade, brutalidade e sadismo fazem parte
da história de vida de muitos animais, do nascimento até a morte, e é
vergonhoso para nós, humanos, saber que ainda os tratamos assim.
De acordo com o pastor anglicano William Inge, “temos escravizado o
resto da criação animal e tratado nossos distantes primos de peles e penas de
forma tão malvada que, se eles fossem capazes de formular uma religião, sem
dúvida descreveriam o diabo com a forma humana.” Seguimos sendo, sem dúvida, os
propagadores daquilo que podemos chamar de “holocausto” para aqueles que não
pertencem a nossa espécie. Livros como o de Peter Singer podem nos ajudar a
corrigir nossos rumos e a ter uma relação melhor com as outras espécies que
dividem o planeta conosco. Se isso ocorrer, os animais nos agradecerão
eternamente.
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