segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Uma boa história fora dos livros

      Por Natália     

      Quem aprecia uma boa história não se importa com o meio pelo qual ela é contada. Para essas pessoas, um livro ou um filme são boas formas de entretenimento que rendem um mergulho de algumas horas a um mundo paralelo onde se deve exercitar a imaginação para acompanhar o que se passa. Contar uma história, porém, não é exclusividade de livros ou filmes. Há também jogos, de videogame ou computador, capazes de fazer isso.
      Quando adolescente, tive o privilégio de conhecer uma série de jogos de mistério, chamada Gabriel Knight, que despertou em mim duas coisas: a admiração por histórias de suspense bem amarradas e a vontade de visitar os lugares onde o enredo dos jogos se passava.
      O primeiro volume da série (que tem três jogos no total) se chama Gabriel Knight: Sins of the Fathers (Pecados dos Pais) e pode ser considerado um tanto simples por aqueles que não dispensam efeitos especiais de última geração ou tiroteios e carnificinas. Neste jogo, somos apresentados a Gabriel Knight, um aspirante a escritor e dono de livraria que nasceu e mora em Nova Orleans (EUA). Gabriel gosta de se inspirar em fatos reais para escrever seus romances, e os recentes e misteriosos assassinatos ocorridos na sua cidade têm chamado sua atenção. Embora sua assistente, Grace Nakimura, uma jovem de origem japonesa que recentemente se mudou de Nova York para Nova Orleans, o aconselhe a não se intrometer em assuntos perigosos, Gabriel vê-se envolvido cada vez mais na trama. Os crimes parecem estar ligados ao vodu, uma prática religiosa comum no sul dos Estados Unidos e no Caribe, e seguir um ritual bem delineado.
      Gabriel é amigo de um detetive da polícia local, chamado Mosely, que lhe fornece informações importantes ao longo da história. É na companhia de Mosely que Gabriel Knight conhece uma bela (e de família rica e tradicional) moradora de Nova Orleans, Malia Gedde, por quem acaba se apaixonando.
      Durante as investigações, Gabriel é quase surpreendido várias vezes por aqueles que ele julga serem os culpados pelos assassinatos. Quando imagina estar prestes a concluir o caso, recebe uma ligação da Alemanha, de um tio-avô que revela que Gabriel é um Schattenjäger (caçador de sombras) e que seu destino estará para sempre ligado ao sobrenatural. Gabriel Knight, então, entende o significado dos terríveis pesadelos que vem tendo constantemente: eles o avisam de que sua família havia sido amaldiçoada e que, para quebrar esse encanto, ele deverá solucionar imediatamente os crimes de Nova Orleans.
      Gabriel decide viajar à Alemanha, mas não encontra seu tio, que havia ido para a África à procura de um local sagrado para a prática de ritos similares ao vodu. Gabriel o segue até lá e, ao voltar para Nova Orleans, descobre que Grace foi sequestrada pelos criminosos. O caçador de sombras, então, finalmente percebe quem está por trás dos assassinatos e o que realmente motiva esses crimes. Só que ele precisa agir rápido para que sua assistente não tenha o mesmo destino que as vítimas dos assassinos do vodu.
     
      Gabriel Knight: Sins of the Fathers foi lançado em 1993. O que mais chama a atenção a respeito desse jogo é que todas as ações de Gabriel dependem da pessoa que o controla, que, embora precise realizar certas tarefas, pode escolher algumas atividades que queira fazer. A série Gabriel Knight foi criada por Jane Jensen, e os dois primeiros jogos foram transformados em livro nos Estados Unidos. Atualmente, jogos desse tipo parecem não estar mais em alta. Gabriel Knight, porém, é um clássico que todos os admiradores de quebra-cabeças deveriam conhecer.


Um comentário:

  1. Até um bom tempo atrás esses tipos de "puzzles" sempre me atraíam, mas confesso que o Gabriel Knight nunca me chamou muito a atenção. No entanto, nunca fui atrás de ver do tema ou de como é o jogo.

    É muito bom ver uma resenha do que eu perdi hehehe.
    J.Cataclism

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