“Que espécie de sociedade de consumo
desejamos, afinal? Os brasileiros, travestidos de consumidores, estão virando
cidadãos acéfalos, burros, aculturados, superficiais, ocos. Deveríamos
estimular e incentivar o surgimento de uma classe consumidora de cultura. O que
eu desejo para as pessoas é isso: mais cultura, mais arte, mais leitura, mais
natureza.”
Simpatizo
com a ideia da atriz, e também ecoo as palavras de Kirst, a respeito das coisas
que os cidadãos de nosso país têm valorizado, que formam uma espécie de espelho
daquilo que nós, brasileiros, somos em essência:
“Mas ao mesmo tempo em que gastam e consomem,
os integrantes dessa estrondosa maioria de cidadãos (acompanhados pelas demais
classes sociais brasileiras) se afastam dos processos de edificação pessoal só
possíveis de serem conquistados por meio da educação, da cultura e da arte.”
Somos
um reflexo da histórica negligência governamental (e social) com a educação e o aprimoramento pessoal. Hoje, o que faz as manchetes
dos jornais é o desempenho positivo da economia brasileira, o que, por si só, é muito
bom. Péssimo é saber que, apesar de nos desenvolvermos economicamente, ainda não
conseguimos sair do lamaçal da ignorância e da má-educação, e há poucos
indícios de que sairemos dele em breve. Diferentemente disso, creio que há boas chances de as coisas se tornarem ainda piores - isso se realmente for possível vermos algo mais triste que isso ou isso.
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