segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Ambientes digitais, nossos cérebros e os solitários repletos de "amigos"

Por Guilherme

A neurocientista britânica Susan Greenfield esteve recentemente no Brasil, palestrando no programa Fronteiras do Pensamento em Porto Alegre e em São Paulo sobre a influência das novas mídias em nossos cérebros. De acordo com ela, o fato de estarmos expostos a uma enorme quantidade de informações na rede pode fazer com que nos tornemos indivíduos “multitarefa”, fazendo muitas coisas em pouco tempo, mas prestando pouca atenção nas tarefas que desempenhamos e sendo superficiais nos assuntos que estudamos. Greenfield afirma que é possível que os escores em testes de QI das futuras gerações aumentem em decorrência do uso dessas novas tecnologias (Michael Shermer afirma a mesma coisa), mas que estamos perdendo muito com o uso excessivo delas.
    Para entender um pouco melhor o ponto de vista da neurocientista, recomendo a leitura de uma entrevista concedida por ela à revista Veja. Também recomendo atenção ao vídeo abaixo, uma apresentação da psicóloga Sherry Turkle, autora de Alone Together: why we expect more from technology and less from each other (algo como Sozinhos Juntos: por que esperamos mais da tecnologia do que uns dos outros, obra ainda não lançada no Brasil, mas que será tema de um post aqui no blog em breve). Turkle afirma que a tecnologia está nos tornando mais distantes dos outros e criando pessoas cheias de “amigos virtuais”, mas sem ninguém para trocar ideias pessoalmente.

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