Por Guilherme
Foi publicada, há poucos dias, uma notícia dando conta do possível desaparecimento de tigres em seu ambiente natural até 2022 (leia a notícia aqui). De acordo com a WWF, uma das mais importantes organizações não governamentais do planeta, existem aproximadamente 3200 desses animais soltos na natureza, e esse número declina a cada ano. Planos para salvar a espécie já estão em andamento, mas não se pode ter certeza de que funcionarão, já que esses felinos são visados por sua pele e por seus ossos, que possuiriam supostas propriedades medicinais (nunca comprovadas). Algumas pessoas, ao lerem a notícia, poderão se perguntar: “E daí? Minha vida não vai mudar nada com isso.” É verdade: a extinção dos tigres não vai alterar o cotidiano de quase ninguém. Mas sempre que vejo uma notícia como essa, lembro daquilo que o biólogo Edward O. Wilson escreveu em A Criação: como salvar a vida na Terra (Companhia das Letras, 2006):
Foi publicada, há poucos dias, uma notícia dando conta do possível desaparecimento de tigres em seu ambiente natural até 2022 (leia a notícia aqui). De acordo com a WWF, uma das mais importantes organizações não governamentais do planeta, existem aproximadamente 3200 desses animais soltos na natureza, e esse número declina a cada ano. Planos para salvar a espécie já estão em andamento, mas não se pode ter certeza de que funcionarão, já que esses felinos são visados por sua pele e por seus ossos, que possuiriam supostas propriedades medicinais (nunca comprovadas). Algumas pessoas, ao lerem a notícia, poderão se perguntar: “E daí? Minha vida não vai mudar nada com isso.” É verdade: a extinção dos tigres não vai alterar o cotidiano de quase ninguém. Mas sempre que vejo uma notícia como essa, lembro daquilo que o biólogo Edward O. Wilson escreveu em A Criação: como salvar a vida na Terra (Companhia das Letras, 2006):
“É possível que nunca cheguemos a avistar pessoalmente certos animais raros – podemos lembrar o lobo, o pica-pau-bico-de-marfim, o panda, gorila, a lula-gigante, o grande tubarão-branco, o urso-pardo –, mas precisamos deles como símbolos. Eles proclamam o mistério do mundo. São as joias da coroa da criação. Só saber que eles existem em algum lugar, estão vivos e passam bem é importante para o espírito, para que nossa vida seja inteira. Se eles vivem, então a Natureza também vive. Com certeza nosso mundo estará em segurança, e nós estaremos numa situação melhor. Imagine o choque dessa manchete: ABATIDO O ÚLTIMO TIGRE – A ESPÉCIE ESTÁ EXTINTA.”