domingo, 24 de outubro de 2010

O Mágico de Oz

Uma garotinha órfã, um cachorro, um espantalho, um homem de lata e um leão. Esse é o time de personagens que compõe um dos clássicos da literatura infanto-juvenil norte-americana, O Mágico de Oz, publicado em 1900 por Lyman Frank Baum. Além deles, há ainda bruxas (boas e más), macacos voadores, criaturas ferozes, povos desconhecidos e, é claro, o Grande Mágico.
A história é bem conhecida: Dorothy e o cãozinho Totó são levados do Kansas por um tornado, junto com a casa em que estão, à Terra de Oz. Chegando lá, aterrissam sobre a Bruxa Má do Leste, que vinha aterrorizando a Terra dos Munchkins, um povo muito agradável. A Bruxa Má do Oeste aparece, jurando vingança pela morte da amiga, e Dorothy se assusta. Os Munchkins, então, aconselham-na a ir à Cidade das Esmeraldas e pedir para que o Mágico faça-a retornar ao Kansas. Dorothy e Totó preparam-se para sair pela Estrada dos Tijolos Amarelos quando a Bruxa Boa do Norte surge e presenteia a menina com os sapatos prateados que pertenciam à feiticeira esmagada.
No caminho para a Cidade das Esmeraldas, a garotinha conta sua história a quem quiser ouvi-la, e assim acaba fazendo alguns amigos: o Espantalho, o Lenhador de Lata e o Leão Covarde. Como também têm pedidos a fazer ao Mágico de Oz, eles decidem acompanhá-la. O Espantalho quer um cérebro; o Lenhador de Lata, um coração; e o Leão Covarde, coragem. Com a ajuda de seus novos amigos e de Totó, a menina enfrenta as ameaças da Bruxa Má do Oeste e os vários perigos que aparecem ao longo da jornada.
Ao chegarem à Cidade das Esmeraldas, porém, se decepcionam: o Grande Oz é, na verdade, um impostor e não pode atender aos pedidos de Dorothy e de seus amigos. Desesperada, a menina procura a Bruxa Boa do Norte, que lhe assegura que a forma de voltar para casa é mais simples do que parece e que ela já possui os meios de fazer isso: é só bater os calcanhares que os sapatinhos prateados sabem aonde levá-la.
Nesse momento, seus amigos se dão conta de algo muito importante: eles também já possuem o que tanto buscam. O Espantalho percebe que foi ele quem elaborou os planos mais mirabolantes executados pelo grupo; o Lenhador de Lata descobre que ele não precisa de um coração para ser capaz de ter sentimentos nobres e puros; e o Leão Covarde nota que foi ele quem sempre defendeu seus amigos dos perigos enfrentados durante a aventura. Os três, então, reconhecem que Dorothy fez com que eles se dessem conta de suas próprias qualidades e que, se não tivessem atravessado a Terra de Oz em busca de seus desejos, ainda seriam criaturas muito infelizes.
O Mágico de Oz (L&PM, 2001) é uma obra que, além de bom entretenimento, proporciona ao seu leitor esperança e conforto. É impossível não encerrar sua leitura com um suspiro encantado, pois certamente a obra faz perceber que cada um de nós tem um pouco de Espantalho, Lenhador de Lata ou Leão Covarde. Mais do que um livro divertido, O Mágico de Oz faz com que o leitor note que as respostas às perguntas muitas vezes se encontram no interior de quem as busca, e que a solução para os problemas está em nós mesmos. Há autoajuda melhor do que isso?

Um comentário:

  1. A música tema do filme é algo indescritível. Quanto ao blog, ótimas as seleções de textos e livros.

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